Quais os custos de sucessão no Brasil? Impostos, Inventário e Burocracias

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Capa de Artigo | Custos de Sucessão no Brasil

Falar sobre morte nunca é fácil, mas quando o assunto é patrimônio, a falta de preparo pode custar caro. Literalmente. No Brasil, o processo de transferência de bens após o falecimento de um ente querido envolve uma série de custos de sucessão, com impostos, taxas e burocracias que pegam muitas famílias de surpresa.

Neste artigo, vamos mostrar os principais custos envolvidos na sucessão patrimonial no Brasil, explicar por que o inventário é tão caro e como é possível reduzir ou até evitar essas despesas com um bom planejamento sucessório.

O que é o ITCMD e como ele impacta a herança?

O ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) é o principal tributo incidente na transferência de bens por herança ou doação. Ele é estadual, e cada estado define suas regras e alíquotas.

  • Em São Paulo, a alíquota é de 4% sobre o valor dos bens herdados;
  • Em Santa Catarina, já é 8%, o teto permitido atualmente;
  • Em alguns estados, há discussões em andamento para aumentar a alíquota nos próximos anos.

Isso significa que uma herança de R$ 2 milhões pode gerar um custo imediato de até R$ 160 mil somente em imposto — e esse valor precisa ser pago antes da partilha.

Quais outros custos estão envolvidos no processo de inventário?

Além do ITCMD, o inventário pode gerar uma série de outros custos que comprometem a estabilidade financeira e a qualidade de vida dos beneficiários. Os principais deles são:

Honorários advocatícios

  • Normalmente entre 2% e 10% do valor total da herança;
  • Obrigatórios no inventário judicial e recomendados mesmo no extrajudicial.

Custas judiciais e cartorárias

  • Taxas de cartório (em caso de inventário extrajudicial);
  • Despesas com processos judiciais (em caso de conflitos ou herdeiros menores).

Avaliação de bens

  • Imóveis e empresas precisam ser avaliados com base no valor de mercado;
  • Isso pode aumentar o valor do ITCMD a ser pago.

Tempo

  • Um inventário judicial pode levar anos para ser concluído;
  • Durante esse período, os herdeiros podem ficar sem acesso aos bens.

O que acontece quando a família não tem liquidez para pagar os custos?

Essa é uma das situações mais comuns e mais críticas entre as famílias brasileiras: quando os bens herdados são compostos por imóveis, participações em empresas ou investimentos ilíquidos, os herdeiros muitas vezes precisam vender ativos rapidamente — e por preços abaixo do ideal — apenas para arcar com os custos do inventário e impostos.

Essa “corrida contra o tempo” pode ser evitada com soluções que garantem liquidez imediata, como:

  • Seguro de vida com pagamento direto aos beneficiários;
  • Previdência privada, que não entra em inventário;
  • Estruturação via holdings, que facilita a gestão e partilha.

Planejamento sucessório como solução para os altos custos

Com orientação especializada, é possível:

  • Antecipar parte da sucessão por meio de doações em vida com cláusulas de proteção;
  • Utilizar fundos exclusivos ou previdência para diluir o impacto tributário;
  • Criar estruturas jurídicas que organizem o patrimônio de forma eficiente.

O planejamento sucessório é uma maneira de evitar surpresas, preservar o patrimônio e proteger os herdeiros.

Conclusão: morrer custa caro — mas não precisa custar tanto assim

A sucessão patrimonial pode ser simples, econômica e bem estruturada — mas isso exige preparo em vida. Com o apoio do time certo, é possível reduzir os impostos, encurtar prazos e eliminar burocracias desnecessárias.

Quer entender como reduzir os custos e proteger sua herança? Agende uma reunião com o time de Planejamento Patrimonial da Cordier e comece hoje mesmo a organizar sua sucessão com inteligência.

Perguntas Frequentes (FAQ) — Quanto Custa Morrer no Brasil

1. O que é o ITCMD e como ele é calculado?

O ITCMD é o imposto estadual cobrado sobre heranças e doações. Ele é calculado com base no valor de mercado dos bens e pode variar entre 2% e 8%, dependendo do estado.

2. É verdade que o ITCMD precisa ser pago antes da partilha?

Sim. Em geral, o imposto deve ser quitado antes da conclusão do inventário, o que pode dificultar o processo para famílias sem liquidez.

3. Quanto custa, em média, um inventário no Brasil?

Considerando impostos, honorários advocatícios e taxas cartorárias ou judiciais, o custo pode variar entre 6% e 15% do valor total da herança.

4. O seguro de vida pode ser usado para pagar o ITCMD?

Sim. O valor do seguro de vida é pago diretamente aos beneficiários e pode ser usado para quitar impostos ou outras despesas do inventário, sem necessidade de entrar no espólio.

5. Existe alguma forma de não precisar fazer inventário?

Sim. Com planejamento, é possível utilizar ferramentas como previdência, doações em vida, fundos ou holdings para reduzir a dependência do inventário tradicional ou até mesmo evitá-lo, dependendo do caso.

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Camila Stelzer
Camila Stelzer
Com ampla experiência no mercado financeiro, Camila Stelzer atua na Cordier Investimentos como especialista em planejamento patrimonial. Sua atuação é voltada para ajudar famílias e empresas a estruturarem suas finanças com inteligência, segurança e visão de longo prazo. Camila é referência em estratégias de previdência privada, seguros e gestão financeira, com abordagem consultiva e personalizada.

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